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11/07/2008

Comerciantes da região nordeste estão otimistas em relação à Linha Verde

A região nordeste de Belo Horizonte tem sido bastante influenciada pelas obras da Linha Verde e, agora, começa a sentir as mudanças com o avanço da construção, que chega à reta final. A liberação de trechos da obra em áreas próximas à avenida Cristiano Machado, nos bairros Ipiranga e Palmares, demonstram melhorias no trânsito, como mais fluidez e menos retenção de veículos, sobretudo nos horários de pico. “A liberação de trecho possibilita maior segurança e melhor fluidez ao tráfego”, afirma o diretor-geral do DER, José Elcio Santos Monteze.

Quem mais sente os reflexos são os lojistas, que trabalham nos centros comerciais da região. Há 14 anos atuando no Shopping Minascasa, situado na avenida Cristiano Machado, a proprietária da loja de eletrodomésticos e utilidades Eletro Nobre, Maria Aparecida Ferreira, já sente diferença no movimento de clientes. Em relação ao início da obra, no final de 2005, o fluxo de pessoas aumentou no Shopping e na Eletro Nobre. “Com a recente retirada dos andaimes que davam sustentação aos viadutos no trecho de intercessão com Bernardo Vasconcelos e a liberação de uma alça da Bernardo Vasconcelos os clientes comentam que o trânsito flui melhor. Eu observei, também, que a loja vem recebendo consumidores de bairros mais afastados”, comenta Aparecida.

Outro exemplo de lojista que vê com otimismo a conclusão das obras é a proprietária da loja Espaço Clean, especializada em móveis e decoração, Márcia Nogueira. Segundo ela, “tanto os clientes quanto os moradores e trabalhadores da região estão conscientes da melhora”. Comerciante há 30 anos, Márcia entende que a obra vai fazer a região se valorizar. “Tudo o que fazemos é com sacrifício. Mudar a decoração de casa, por exemplo, traz transtornos, como pequenas obras e tempo de espera até a entrega do projeto. Não dá para melhorar sem conviver com contratempos”, compara Márcia.

O proprietário da loja Casa Bella, Josualdo Neves Nepomuceno, aposta na melhoria e valorização da região com a conclusão das obras. “O trânsito está menos carregado e os clientes relatam a facilidade para chegar aqui”, ressalta. Neves está tão certo de que a Linha Verde vai valorizar a região que recebeu convite para abrir uma loja em outro shopping de móveis e decoração da cidade, mas preferiu ficar onde está. “Não só recusei o convite, como abri mais uma loja no Minascasa. Agora, com duas lojas, eu posso garantir minha aposta de que a Linha Verde vai dar certo”, comemora.

De todo o conjunto de obras previsto no projeto, restam apenas a conclusão das obras nos entroncamentos da avenida Cristiano Machado com o Anel Rodoviário e com a avenida Bernardo Vasconcelos. A previsão, segundo o diretor-geral do DER, é que as obras na intercessão com a Bernardo Vasconcelos sejam concluídas em julho deste ano. Já a intervenção com o Anel Rodoviário deverá terminar em setembro de 2008.

Histórico

Iniciada em novembro de 2005, a Linha Verde compreende uma série de intervenções viárias cujo objetivo é melhorar a ligação entre o Centro de Belo Horizonte e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves. O projeto prevê três fases: a cobertura do Ribeirão Arrudas (já concluída), intervenções na avenida Cristiano Machado, entre o túnel da Lagoinha e a duplicação e restauração da rodovia MG-010, que liga BH a Confins (também concluída), num total de 35,4 quilômetros de extensão. Assim como a construção do novo Centro Administrativo de Minas Gerais, a Linha Verde será de vital importância para a economia da vetor Norte de Belo Horizonte e região. Os dois empreendimentos já impulsionam o crescimento da capital mineira.